Além do famoso jurista e do jovem CEO de tecnologia, o evento contou com as palestras de Aurélio Bastos, da Consultoria Gartner, e Rosana Fernandes, da startup Baita Aceleradora

O 22º Encontro do Gruca (Grupo Campinas de Recursos Humanos), que aconteceu ontem, 23, no Via Appia, trouxe nomes importantes para debater o papel do RH na transmissão de valores e ética dentro das empresas e reuniu cerca de 500 pessoas.

Na parte da manhã, Aurélio Bastos, da consultoria Gartner, falou sobre a situação atual do RH e a dificuldade de intermediar funcionários e empresas com um modelo que, muitas vezes, está errado ou esgotado. “O ambiente de trabalho mudou, mas os processos não acompanharam. As empresas pedem por um trabalho colaborativo, mas avaliam o trabalho individual de seus colaboradores”, disse.

O público foi ao delírio com a palestra de Gustavo Caetano, da Samba Tech, que já foi eleito por duas vezes o CEO do ano  pela Pequenas Empresas Grandes Negócios e The Next Web, e foi indicado como Mark Zuckerberg brasileiro pelo site americano Business Insider. Em sua palestra, o mineiro mostrou como empresas de qualquer setor podem inovar usando as mesmas técnicas de Startups de sucesso.

Ele frisou que as empresas precisam ficar atentas ao novo modelo de consumo, que as pessoas estão abertas à novos produtos/experiências. “As pessoas mudaram”, disse. E finalizou com um desafio: “Como você se sente em relação ao futuro: com temor, com respostas, preparado ou criando?”.

Já Rosana Fernandes contou sobre sua experiência em dois mundos diferentes, uma vez que atuou na área de desenvolvimento e inovação de uma empresa adaptada, de grande porte, e agora numa empresa nativa, tecnologicamente falando.

O professor e jurista Wálter Maierovitch, ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e ex-secretário Nacional Antidrogas, um dos principais nomes do Brasil quando o assunto é o Direito, encerrou com brilhantismo o ciclo de discussões. Falou sobre como o RH deve incluir nas empresas uma nova cultura, baseada em pilares como pluralidade, tolerância, ética, igualdade de oportunidades, sem discriminação homossexual e com um sistema de cotas, especialmente para deficientes. “O RH deve se preocupar com todos estes valores e educar a legalidade democrática”, completou.