Estrada Iluminada: Destinação da terra
Estrada
Iluminada
Destinação
da Terra
“Muitos se
admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas
misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana
bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se
colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa ideia do conjunto.
Deve-se
considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena
fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres
dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo.
Ora,
que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito
menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação
material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve
em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.
Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima ideia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais ínfimos e sórdidos.
Num
hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, veem-se
reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os
habitantes, em sua maioria, são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem:
figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciária, um sítio
malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as
aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que
se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram;
nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.
Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.”
O presente texto faz parte das nossas
leituras da madrugada, e nos possibilita esclarecimento para que melhor
entendamos o motivo pelo qual existe tanto sofrimento na Terra.
Na realidade neste Planeta não existe
a felicidade plena, existindo sim apenas momentos felizes de acordo com o
merecimento de cada um.
Nilton Moreira é inspetor de polícia e escreve semanalmente para o Região Hoje
José Renato Nalini - Brincando com fogo
Nilton Moreira - Estrada Iluminada: Não assisto TV
Professora Bebel - Pela valorização do funcionalismo e serviços públicos
José de Paiva Netto - Vencer firmado no Cristo e com o coração feliz!
Ana Perugini - Carta à juventude
Helena Ribeiro da Silva - Dinheiro esquecido?