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Santa Bárbara,06/07/2025

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José Renato Nalini

Vai faltar água e sobrar seca

Imagem divulgação
Vai faltar água e sobrar seca José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo


OBrasil enfrenta sua pior seca neste 2024. Ela já atinge cerca de sessenta porcento do território nacional. São Paulo já teve secas entre 2013 e 2014, masagora vai piorar. Isso porque, além do ciclo que os negacionistas dizem ocorrera cada onze anos, a situação da Guarapiranga é muito mais grave. Onze afluentesdespejam nela, continuamente, esgoto in natura, substâncias químicas dasindústrias regulares e clandestinas e toda espécie de imundície que a populaçãodescarta.


Issofaz com que a contaminação necessite de tonelagem de produtos tendentes a fazercom que aquele líquido empesteado volte a parecer água: incolor, inodora, insípida.Mas ela contém resíduos de antibióticos, antidepressivos, anticoagulantes,anticoncepcionais, cocaína e microplástico.


Tudopiora porque não cessa a ocupação para fins de moradia, que assoreiam asúltimas nascentes, exterminam os remanescentes de mata atlântica e aumentam acarga de esgoto lançada ao reservatório do qual metade da população paulistanadepende para sobreviver.

 

Oproblema precisa de um choque emergente, com a efetiva participação de todas asesferas de Poder e participação da Academia, da Universidade, do empresariado eda sociedade civil. A estiagem deste período é muito mais severa do que asanteriores e a circunstância agravante não está sendo considerada pela maioriados responsáveis.


Asituação mais preocupante é a do Estado de São Paulo, onde oitenta e doismunicípios registram níveis angustiantes de seca. Mas a capital, onde se instalaramquase treze milhões de pessoas, é o território em que mais consequênciastrágicas de certo ocorrerão.

  

Todasas cidades precisam estar de sobreaviso e a população tem de assumir aliderança de um processo de conscientização do Poder Público, pois nem semprese faz, com a urgência que se impõe, aquilo que é preciso para garantir águaaos viventes.

 

Incrívelo valor que se confere a esse veneno chamado petróleo, e a desimportância atribuídaa esse líquido que, se vier a faltar, não haverá condições de sobrevivência. Éaquilo que devemos respeitar, pois dependentes dele. A nossa insubstituívelágua.

 

José Renato Nalini é Reitor daUNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo dasMudanças Climáticas de São Paulo.    



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