Barbarense morre com suspeita de dengue
Mortes suspeitas ocorreram neste mês de maio
O barbarense Rodolfo Ribeiro de Almeida, de 72 anos, que residia na Vila Linópolis, morreu no sábado com suspeita de ter contraído o vírus da dengue. Se confirmar as informações dos familiares, esta é a terceira morte suspeita ocorrida este mês no município.
\"O diagnóstico era de dengue e ele vinha fazendo exames periódicos, mas devido a complicações provocadas pela doença evoluiu para um infarto\", contou o genro de Rodolfo, Leandro de Souza. Segundo ele, todos os sintomas eram de dengue e ele vinha fazendo tratamento na Unimed há dez dias, mas estava muito debilitado ultimamente. Rodolfo foi sepultado no domingo no Cemitério Campo da Ressurreição e deixou esposa e três filhos.
A Prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que a Vigilância Epidemiológica não recebeu, até o momento, nenhuma notificação referente a este paciente e que também não constam atendimentos nos dois prontos-socorros municipais. A Unimed foi procurada, mas até o fechamento dessa reportagem não havia se manifestado.
OUTROS CASOS
Os dois outros casos de morte por doenças infecciosas aconteceram nos dias 3 e 5 deste mês, sendo uma mulher de 74 anos, que morava no Jardim Europa, e uma vendedora de 43 anos, que residia no bairro Cidade Nova II.
A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara confirmou que investiga os dois casos de mortes suspeitas de dengue, ocorridos no início do mês na rede pública municipal, cujos exames foram enviados ao Instituto Adolfo Lutz e aguardam resultado.
HOMENAGEM
O jornalista Beto Silva, vizinho de Rodolfo, na Vila Linópolis, prestou homenagem ao amigo em mensagem emocionante em sua página no Facebook.
Eu sorri pois sabia que o convite era ideia dele. \"Puxa Seo Rodolfo, queria muito mas to atrasado, fica pra outro dia, obrigado\". Sai e ainda vi ele acenando com a mão, acenei de volta.
A simpatia de Seo Rodolfo era contagiante, piadista, bem humorado, ser humano de um coração maravilhoso. Recentemente fiz uma pequena reforma em casa e ele me doou areia e tijolos.
Outro dia, numa tarde de sábado, passamos horas conversando na varanda, tomando café e comendo um delicioso bolo de fubá feito por Dona Ana, a quem ele chamava carinhosamente de Nega.
Eu sempre me sentia seguro quando me ausentava de casa porque sabia que ele e a família estavam ali de olho na casa, cuidando da Billie (minha cachorra)
Dia desses tudo ficou silêncio, eu não ouvia a voz dele brincando com o Felipe (neto), nem ralhando para o Ted (cãozinho) parar de latir, ou a inconfundível gargalhada dele (em Rá), até o radinho de pilhas que tocava as modas que ele gostava não se ouvia mais.
Logo fui falar com Dona Ana, e ela me disse que ele estava de cama. Há cinco dias ouvi a voz dele enquanto ele entrava num carro e pensei \"Seo Rodolfo melhorou, logo falo com ele\".
E esse dia não chegou, assim como não chegou o café que prometi tomar com ele. No domingo (19) me despedi do amigo e vizinho, que surpreendeu a todos com uma viagem sem volta.
Chorei e ainda choro a cada vez que lembro das nossas conversas, dos conselhos, das perguntas sobre como eu estou e como estão os meus pais.
Não tem mais café, mesmo que destinasse mais tempo ele não está mais aqui. Continua sendo meu vizinho preferido. Mas agora eu aqui na terra e ele lá no céu, sim, porque é pra lá que vão os pássaros e os anjos.
Aprendi muito com o senhor, Seo Rodolfo e, mesmo sem querer (ou querendo) o senhor me ensinou uma última lição - a dar mais valor ao nosso tempo e dedicá-lo àquilo que realmente nos faz bem.
Obrigado por tudo.
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