Outubro Rosa: a importância da cirurgia plástica no tratamento de câncer de mama
Segundo tipo mais comuns entre as mulheres, o câncer de mama representa em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para conscientizar sobre a importância de realizar exames preventivos, o Outubro Rosa promove ações diversas em todas as regiões do país. São iniciativas que reúnem voluntários, médicos e pacientes, de diversas especialidades, para informar sobre a doença, prevenção e tratamento.
A cirurgia plástica tem um papel importante no tratamento da doença, que muitas vezes resulta na retirada do seio. A cirurgia de reconstrução mamária é um direito previsto em lei e faz parte da proposta de tratamento da doença.
O cirurgião plástico Samir Eberlin, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que desde 2013, com a sanção da lei 12.802, as mulheres que submetem à mastectomia têm o direito de ter suas mamas reconstruídas logo após a retirada das mamas, caso ela tenha condição médica. “A reconstrução da mama faz parte da proposta de tratamento para o câncer. É um direito fundamental porque devolve a autoestima da mulher”, explica o médico, que tem realizado um número maior de reconstrução mamária relacionada ao tratamento de câncer de mama. Os últimos dados da SBCP mostram que em 2018 o número de cirurgias plásticas para reconstrução mamária cresceu 6% em relação a 2016.
O cirurgião esclarece ainda que estudos mostram que as mulheres com seio reconstruído têm menos chance de voltar a desenvolver a doença porque o câncer também está relacionado ao equilíbrio emocional. “Mulheres mastectomizadas têm mais tendência à depressão”, afirma. Apesar do direito garantido em lei, muitas mulheres que dependem do SUS nem sempre conseguem fazer a reconstrução da mama e ficam anos na fila aguardando para fazer a cirurgia reparadora.
A reconstrução das mamas pode ser realizada com utilização de próteses de mama, expansores de tecido ou tecido da própria paciente retirado de outras partes do corpo.
O câncer de mama
Para o Brasil, foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019, com risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres. Os dados são do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). Não há uma causa única para o câncer de mama.
Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
Quanto antes diagnosticado, mais chances o paciente possui de alcançar a cura. Um tumor mamário detectado no início tem 90% de chances de cura, sem perda da mama. Por isso é muito importante se prevenir e realizar exames regularmente. A prevenção também envolve uma alimentação saudável, prática de atividade física e manutenção do peso ideal.
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