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Santa Bárbara,23/04/2024

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Pesquisa revela que índices de violência crescem nas escolas públicas de São Paulo


Pesquisa revela que índices de violência crescem nas escolas públicas de São Paulo Professora Bebel apresenta índices de violências nas escolas

O aumento de casos de violência contra alunos e
professores foi constatado na terceira edição da pesquisa da Apeoesp, divulgada
nesta quarta-feira

 

Pesquisa divulgada pela Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), nesta quarta-feira, 18
de dezembro, revela que a violência nas escolas públicas do Estado de São Paulo
tem aumentado. De acordo com esse terceiro levantamento, cinco em cada dez
professores da rede (54% já sofreram algum tipo de violência nas dependências
das escolas em que lecionam - esse número era de 51% em 2017 e de 44% em 2014).
Já entre estudantes, 37% declararam ter sofrido algum tipo de violência, contra
28% e 39%, respectivamente, nos anos de 2014 e 2017, quando a pesquisa também
foi realizada.


A pesquisa, encomendada pela Apeoesp, foi realizada pelo
Instituto Locomotiva, que ouviu um mil estudantes e 701 professores em todo o
Estado de São Paulo, entre setembro e outubro de 2019. Além disso, o estudo
ainda entrevistou 1.516 pessoas em todo o país sobre os mesmos temas.


A divulgação da pesquisa foi feita nesta quarta-feira (18) pelo presidente do Instituto, Renato Meirelles, acompanhado
da presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), e tem o
objetivo de monitorar a percepção sobre a qualidade da educação, a segurança
nas escolas e outros temas relevantes para a educação pública.

Os números são ainda maiores quando docentes e alunos
foram perguntados se souberam de casos de violência nas escolas que frequentam:
90% dos professores responderam que sim (eram 85% em 2017 e 84% em 2014),
enquanto 81% dos estudantes relataram saber de episódios de violência em suas
escolas no último ano (eram 80% em 2017 e 77% em 2014).

Os casos de violência mais citados são diferentes entre
os professores e os alunos: para quem ensina, a maioria dos casos diz respeito
à agressão verbal, enquanto os estudantes citam o bullying como principal vetor
da violência. Na comparação com a onda passada, os tipos de violência que mais
cresceram foram Bullying (62% dos estudantes e 70% dos professores relataram
casos em suas escolas) e discriminação (35% dos estudantes e 54% souberam de
casos em suas escolas).


O estudo mostra, ainda, que 95% dos paulistas acham que o
governo deveria dar mais condições de segurança às escolas, além de 80% acharem
que os professores são menos respeitados do que deveriam. 

Para a Professora Bebel, “os números demonstram que o
Estado não tem uma política para prevenir e reduzir o índice de violência nas
escolas paulistas. Sei que não há condições de zerar essas ocorrências, mas é
necessário que a Secretaria da Educação tome medidas para que esse assunto seja
debatido nas unidades escolares, para que a comunidade seja chamada a
participar da vida escolar e que o diálogo se estabeleça”, disse Bebel
acrescentando ainda, que o processo passa necessariamente pela valorização dos
profissionais da educação e contratação de mais funcionários. “Sobretudo os professores
precisam ser valorizados e respeitados, além de medidas efetivas para equipar
melhor as unidades escolares”, completou.
























Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato
Meirelles, o estudo demonstra que as escolas deixaram de ser um espaço de diálogo.  “Nossa pesquisa revela que nos últimos anos
se criou um ambiente escolar pautado pelo conflito e pela falta de diálogo”,
analisou.





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