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Santa Bárbara,25/04/2024

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Pressão faz Alesp mudar para 3 de março votação da reforma da previdência estadual


Pressão faz Alesp mudar para 3 de março  votação da reforma da previdência estadual Servidores protestam na Alesp sobre reforma da previdência estadual

PEC foi aprovada em primeiro turno com
número mínimo de votos, sendo dois de deputados com domicílio eleitoral em
Piracicaba



A pressão exercida por servidores públicos estaduais, principalmente
professores e funcionários da educação, liderados pela presidenta da Apeoesp
(Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a
deputada estadual Professora Bebel (PT), levou a mesa da Assembleia Legislativa
de São Paulo (Alesp) a adiar para o próximo dia 3 de março a votação da PEC 18/2019,
de reforma da previdência estadual em segundo turno.

A PEC, de autoria do
governador João Doria (PSDB), que muda a alíquota de contribuição
previdenciária dos servidores estaduais e amplia a idade para a aposentadoria,
foi aprovada em primeiro turno na noite da última terça-feira, 19 de fevereiro,
por 57 votos favoráveis (número mínimo exigido) e 37 contrários, com início das
discussões já em segundo turno nesta última quarta-feira, 19 de fevereiro,
acompanhada por centenas de servidores, que tomaram a galeria da Alesp.




Os deputados aliados do governador João Doria, entre eles Roberto Morais
(Cidadania) e Alex Madureira (PSD), ambos com domicílio eleitoral em
Piracicaba,  votaram às pressas o projeto
no mesmo dia que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias
Toffoli, derrubou as duas liminares concedidas pelo Tribunal de Justiça de São
Paulo que suspendiam a tramitação.

Agora, o texto precisa passar por uma
segunda votação, onde serão apreciadas também as 41 emendas apresentadas pelos
parlamentares. “Temos que ampliar a mobilização e comparecer à Alesp no dia 3,
às 14 horas, para um grande ato de pressão aos deputados”, diz Bebel,
convidando os servidores públicos estaduais.




Para a deputada Professora Bebel, a vitória do governo Doria, em primeiro
turno, foi apertada e a mobilização dos servidores deve continuar. “Foi uma
votação apertada. O governo teve de agir para ganhar tempo e os deputados virem
votar. Foi um processo pouco debatido, usando a máquina do governo em peso,
para dar emendas e oferecer benesses para os deputados”, disse.



Contrária a PEC 18, Bebel diz que se aprovada o atual regime para os servidores do estado que prevê
30 anos de contribuição com idade mínima para aposentadoria de 55 para mulheres
e 60 anos para  homens será bruscamente
alterado. “A PEC do governador João Doria muda a idade mínima para 62 anos, no
caso das mulheres e 65 anos no caso dos homens. No caso do magistério, passa de
50 anos para 57 anos (professoras) e de 55 para 60 anos (professores). A forma
de cálculo da aposentadoria mudará também. Vamos receber apenas 60% do valor
integral. Teremos que trabalhar 40 anos para termos o salário integral. Já
a alíquota de
contribuição obrigatória dos servidores ao regime de aposentadorias será
elevada de 11% para 14%. Estudos feitos pela assessoria da deputada estadual
Professora Bebel (PT) indicam que essa mudança vai levar ao aumento de 27,3% no
valor que será retirado dos salários dos servidores. Um trabalhador com salário
mensal de R$ 2.585, por exemplo, atualmente contribui com 11% para a SPPrev, ou
R$ 284,30. Com a reforma, passará a pagar R$ 361,90 – ou R$ 77,55 a menos no
valor do holerite. A regra vale para todos os servidores, independentemente da
função.




O texto do governo estadual estabelece ainda que, ao se aposentar pela
idade mínima, o trabalhador terá acesso ao equivalente a 60% do valor do que
era seu salário na ativa. A cada ano a mais trabalhado após a idade mínima, o
servidor obtém 2 pontos percentuais, que se acumulam até alcançar os 100%. A
deputada Professora Bebel ressalta que as pensões devidas a dependentes de
servidores também serão drasticamente reduzidas. “Atualmente, cônjuge e filhos
menores de 18 anos recebem 100% do salário do servidor falecido, sendo metade
desse valor ao primeiro e a outra metade dividida entre os descendentes. Quando
estes atingem a maioridade, os proventos passam a ser direcionados
integralmente ao cônjuge. Com a reforma de Doria, a pensão seria igual a 50% da
aposentadoria do servidor, paga como cota familiar, e até mais cinco cotas de
10% cada, variando conforme o número de dependentes. No entanto, se o cônjuge
não tiver filhos, terá acesso somente a 60% do total dos proventos, sendo 50%
dessa cota familiar e mais 10% de sua cota pessoal”, ressalta a deputada e
presidenta da Apeoesp.




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