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Santa Bárbara,25/04/2024

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Bebel diz que retomada das aulas presenciais é prematura e não descarta greve dos professores


Bebel diz que retomada das aulas presenciais é prematura e não descarta greve dos professores Presidente da Apeoesp, Professora Bebel, é contra a volta das aulas


Para a 
presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do
Estado de São Paulo), deputada estadual Professora Bebel (PT), é prematuro o
plano para retomada das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino
no Estado de São Paulo, anunciado pelo governador João Doria nesta última
quarta-feira, 24 de junho,
  por  não ter base científica e pode representar um
perigo real de recrudescimento da pandemia de Covid-19, uma vez que
 São Paulo já é neste momento o epicentro da epidemia
no Brasil. Diante desta situação, a líder dos professores diz que não descarta
greve da categoria, caso a retomada das aulas seja feita sem segurança
sanitária e coloque em risco a vida de professores,
  alunos e funcionários da educação.


 “A data prevista
por Doria para a retomada das aulas presenciais é 8 de setembro e, segundo ele,
só ocorrerá se todas as cidades paulistas completarem 28 dias na fase 3 da
pandemia (etapa amarela do plano São Paulo de flexibilização econômica). A
pergunta que fica é: por que, então, anunciar essa retomada neste momento?”,
questiona Bebel.


A presidenta da Apeoesp diz que, de acordo com o
governador, o retorno seguirá normas baseadas no distanciamento social, higiene
pessoal, sanitização dos ambientes, comunicação com as famílias e monitoramento
de sintomas. Será mantido o distanciamento de 1,5 metro. Também prevê a
organização da entrada e saída dos alunos para evitar aglomerações, intervalos
em horários alternados. Atividades de educação física, somente com distanciamento
e preferencialmente ao ar livre. E um escalonamento de retorno, dividido em
fases.


No entanto, Bebel diz que há, entretanto, muito mais
perguntas que precisam de respostas. “Como o Governo de São Paulo pretende
resolver em tão curto espaço de tempo os problemas estruturais das escolas
públicas estaduais? Até 8 de setembro será executado um plano de reformas que
permita assegurar condições de segurança sanitária para estudantes, professores
e funcionários na rede estadual de ensino?”, pergunta.

A Professora Bebel também questiona: “Como pretende
o Governo garantir condições para a higiene pessoal de milhões de estudantes,
se chega a faltar água em muitas escolas, não há lavatórios suficientes, a
maior parte dos banheiros se encontra em péssimo estado, há falta até mesmo de
papel higiênico e papel toalha? Haverá garantia de álcool em gel para todos,
máscaras de proteção e verificação da temperatura dos estudantes na entrada das
escolas todos os dias? Serão aplicados testes em massa em professores, estudantes
e funcionários quando desta retomada?”


A presidenta da Apeoesp observa ainda que uma grande
parte das
  escolas estaduais não possui
condições de ventilação necessárias para o momento e a situação de luminosidade
natural prejudica o processo de aprendizagem. “É um bom momento para resolver
essas questões, pois a ventilação é um item necessário à prevenção da pandemia”,
ressalta.

Para Bebel, “devemos aprender com os países que
foram rigorosos no isolamento social horizontal e obtiveram melhor controle da pandemia.
Devemos aprender também com aqueles que em algum momento se precipitaram e
tiveram que retomar medidas restritivas.
 Escolas são locais de alto contágio. Foram as
primeiras a parar e devem ser as últimas a voltar, no momento em que houver uma
drástica redução da pandemia, com garantia de segurança sanitária para
estudantes, professores, funcionários e suas famílias. Qualquer precipitação
será um atentado contra a vida. A prudência recomenda que pelo menos até
dezembro seja mantido o uso das tecnologias de informação e comunicação, porém
de acordo com um protocolo que é necessário estabelecer de forma negociada”,
diz.





















Bebel também diz que o governo Doria insiste em
tomar medidas unilaterais, sem diálogo com a Apeoesp e
 demais segmentos diretamente envolvidos e com
a sociedade, em desrespeito à gestão democrática da educação. “Vamos ter uma
reunião com o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, no próximo dia
dois (quinta-feira) e vamos fazer esses questionamentos”, enfatiza. 




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