Van atrasa e mãe e filha cadeirante ficam aguardando transporte por mais de meia hora na chuva
PT-BR">Uma mãe de filha cadeirante reclamou ontem (15) do atraso do serviço de
transporte mantido pela Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste para buscá-la na
sessão de fisioterapia na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
PT-BR">
PT-BR">A dona de casa Marinalva Fernandes de Souza, moradora no Jardim Pérola,
leva toda sexta-feira sua filha Raíssa, de 14 anos, nas sessões de fisioterapia
no horário das 16h às 16h45. A van do transporte especial tinha que estar no
local até 17h, conforme combinado.
PT-BR">
PT-BR">Nesse horário, a Apae encerra o atendimento. E nesta sexta-feira chovia
bastante e fora da Apae não existe um lugar coberto para ficar, apenas árvores.
A filha Raíssa tem medo de chuva e começou a ficar desesperada aguardando o
transporte na calçada. “Imagina eu ver minha filha com medo da chuva e não ter
como acolher”, pergunta Marinalva.
PT-BR">A mãe disse que o motorista só chegou às 17h33, sendo que o horário dele
buscar era 17h. “Ele chegou atrasado, não deu nenhuma justificativa e fechou a
porta com “raiva””, afirmou.
PT-BR">
PT-BR">Nas redes sociais, Marinalva expôs sua indignação e fez um apelo ao
prefeito Rafael Piovezan para colocar mais vans à disposição dos usuários
cadeirantes. ”Venho aqui deixar minha indignação! ontem dia 15 de janeiro, fui
levar minha filha que é cadeirante para fazer fisioterapia, que o horário dela
era das 16h às 17h. O transporte só chegou para buscar ela na fisioterapia às
17h33 sendo que o horário dele buscar
era as 17h, como a fisioterapia já tinha fechado, tive que ficar lá fora sendo que estava
chovendo muito, pois venho aqui pedir
para o prefeito de Santa Bárbara colocar
mais transporte para os cadeirantes da Saúde, para que isso não venha acontecer com outros
usuários”, desabafou.
PT-BR">
Marinalva ficou indignada com o caso
Marinalva disse que até agora não teve uma explicação sobre o ocorrido. “Se
por ventura, o paciente chegar a atrasar 5 minutos, o transporte
não espera, já vai embora, mas eles
podem atrasar 33 minutos e não dar nenhuma explicação. Se eu não avisar, sou
punida. Agora, alguém vai ser punido. Eles vão tomar alguma providência¿”,
questionou. Marinalva diz que a Prefeitura poderia colocar mais van para
atender os cadeirantes, principalmente nessa época de chuvas. “Só tem uma van
que faz esse serviço e as outras ficam lá paradas”, contou. A mãe informou que
o serviço terceirizado é feito com seis vans, sendo 3 para a área da saúde,
duas para atividades sociais e de lazer e uma para o esporte, mas com a
pandemia, o serviço foi reduzido.
PT-BR">Raíssa é portadora de miopatia congênita do tipo centronuclear, uma
doença neuromuscular, e faz tratamento na Unicamp, em Campinas. Segundo a mãe,
a filha tem que fazer fisioterapia para o resto da vida. “Não pode parar a
fisio, é pro resto da vida”
PT-BR">
Mãe e filha aguardam van debaixo de chuva
PT-BR">ASSOCIAÇÃO
Procurada pela reportagem, a presidente da Associação de Pessoas com
Necessidades Especiais e Família (APNEF), Marlene Martins, lamentou o ocorrido
e vai levar o caso até a Prefeitura para que outros usuários não sejam
prejudicados.
PT-BR">Segundo ela, com a pandemia, de três vans que atendiam a saúde, ficou
apenas uma. Com isso, o serviço está sobrecarregado causando problemas para os
cadeirantes.
PT-BR">“Eu como usuária, pois também sou cadeirante, lamento muito o que
aconteceu com a Raíssa, é revoltante porque o serviço dessa empresa está
deixando muito a desejar”, criticou.
PT-BR">
COMENTÁRIOS