Unidade montada no antigo Hospital Madre Theodora, em Nova Veneza, terá 40 leitos de baixa e média complexidade

O prefeito de Nova Odessa, Cláudio José Schooder, o Leitinho, participou na tarde da terça-feira (16/03) do anúncio da breve ativação de um hospital de campanha para pacientes com sintomas respiratórios pela Prefeitura de Sumaré, feito pelo prefeito da cidade vizinha, Luiz Alfredo Dalben, no local – o antigo Hospital Madre Theodora, em Nova Veneza. O prédio está sendo equipado para receber 40 novos leitos de baixa e média complexidade para tratamento do coronavírus.

“É uma parceria da Prefeitura de Sumaré com o grupo Amil (proprietário do prédio). O hospital está sendo preparado para receber as pessoas”, afirmou o sumareense. Em vídeo divulgado em suas redes sociais, o prefeito mostra que o espaço já recebe pequenas adequações para poder ser habilitado como unidade respiratória temporária da Rede Municipal de Saúde de Sumaré.

“Os leitos já estão sendo preparados, está tudo quase 100% funcional, pronto e apropriado. A gente precisa (agora) da união do Governo do Estado e do Governo Federal para habilitar leitos de UTI (na região), porque as pessoas estão esperando muito tempo na ‘fila’ da CROSS (Central de Regulação de Vagas, estadual). E há relatos em várias cidades de pessoas morrendo sem atendimento”, completou Luiz Alfredo.

“Quero parabenizar o prefeito Luiz Dalben pela estrutura, que é muito grande, vai dar um atendimento de qualidade às pessoas enfermas com o coronavírus. Quero agradecer também o deputado estadual Dirceu Dalben pelo apoio e pelos recursos que ele tem trazido para a Saúde da nossa região”, afirmou Leitinho, ao lado do colega sumareense, logo após conhecer a infraestrutura do Madre Theodora.

Por determinação de Leitinho, a Prefeitura de Nova Odessa também está preparando uma nova ala respiratória com 11 leitos de média complexidade e capacidade de oxigenação, em uma área totalmente isolada e com recepção própria do Hospital e Maternidade Municipal. Os novos leitos, que elevam o total de leitos de enfermaria “Covid” de Nova Odessa para 29, devem ser disponibilizados nos próximos dias.

UTIS

O tema da necessidade urgente de montagem de um hospital de campanha regional com leitos de enfermaria de média complexidade para o atendimento de pacientes com Covid-19 das 20 cidades, bem como pela criação de novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na região já havia sido debatido pelo prefeito Leitinho durante sua partição online na reunião de terça-feira (16/03) do CD-RMC (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas).

“Quero engrossar o coro junto com os colegas: precisamos urgentemente aqui na região de um hospital de campanha e de mais UTIs. Precisamos da ajuda do Estado também com insumos e equipamentos. Está ‘sobrando’ muito para os municípios fazerem, e às vezes não temos condições financeiras para fazer tudo. Queremos salvar vidas, mas para isso precisamos de uma atenção especial do Estado agora. Precisamos de uma atitude mais rápida do Estado para salvarmos as vidas dessas pessoas”, afirmou Leitinho na ocasião.

“Nova Odessa não tem UTI. Na nossa UR (Unidade Respiratória), que fazia uma média de 30 a 40 atendimentos, hoje estão passando 140 pessoas por dia. Dos 18 leitos da UR, 13 estão ocupados. Dependemos da CROSS (Central de Regulação) para fazer transferências para UTIs, e hoje temos três pessoas aguardando vagas, que até agora não saíram. Estamos montando 11 novos leitos (em uma ala isolada do Hospital Municipal) e já fizemos a encomenda de novos equipamentos, como respiradores e monitores cardíacos. Estamos nos preparando para (cuidar de) mais pacientes”, completou o prefeito novaodessense.

Segundo a Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), a RMC deveria receber, já na quarta-feira (17/03), dez novos leitos de UTI para atender os pacientes graves acometidos pelo novo coronavírus. Eles entrarão em funcionamento no HES (Hospital Estadual de Sumaré). Até sexta-feira (19/03), outros dez leitos de alta complexidade e mais 36 leitos de enfermaria devem ser criados no Hospital de Clínicas da Unicamp. E até o dia 29 deste mês, entram em funcionamento 25 leitos de UTI e 5 leitos de enfermaria no AME (Ambulatório de Especialidades Médicas) Campinas.

Desde a manhã de segunda-feira (15/03), todo o Estado está numa fase ainda mais restritiva que a vermelha, chamada de “emergencial”, com regras mais rígidas para evitar aglomerações e que proíbem totalmente toda e qualquer festa ou evento coletivo, incluindo atividades esportivas e religiosas. Até o próximo dia 30, o Governo do Estado também determinou toque de recolher nos 645 municípios todos os dias, entre 20h e 5h.