A
Polícia Civil de Americana solicitou, na tarde desta terça-feira (16), a
revogação da prisão temporária de Clóvis Conceição Costa, de 50 anos, e seu
filho Wallison Augusto da Costa, de 21 anos, suspeitos de terem envolvimento no
roubo em residência no Condomínio Terras do Imperador no último dia 30 de
julho, pela manhã, em Americana.

A
decisão, pedida pelo delegado titular da DIG, Lúcio Petrocelli, ocorre após a
defesa dos acusados apresentar álibis e o caso ganhar uma repercussão nas redes
sociais, mas a soltura dos averiguados depende da justiça.

Ontem
(15), a justiça havia negado a revogação da prisão. A defesa alega contradições
e garante que os dois suspeitos não estavam no local no dia e horário do crime.
Clóvis estava fazendo um exame no Hospital Municipal e Wallison estava
realizando um frete na cidade de Itapevi, na Grande São Paulo. Documentos da
Prefeitura, fotos e prints de conversas em aplicativos foram anexados ao
processo. Uma carreata realizada nesta segunda-feira em Santa Bárbara e
Americana protestou contra a prisão do pai e filho, pedindo justiça e a
liberdade deles.

Clóvis
e Wallison foram presos na terça-feira (9), depois que a vítima do assalto os
reconheceu como sendo os autores. Segundo a polícia, no roubo foram levados
cerca de R$ 220 mil em joias, relógios e outros objetos pertencentes a um
casal. No momento do assalto, somente a mulher estava na casa.

CASAL CONFIRMA FRETE

Um
casal que contratou Wallison para o serviço de frete entre Nova Odessa e
Itapevi foi ouvido nesta terça-feira pelo delegado Lúcio Petrocelli e as
testemunhas confirmaram que o rapaz foi contratado e o serviço realizado por
ele naquele dia. A polícia também confirmou que o caminhão usado para o frete,
em nome de Clóvis, foi visto passando por câmeras de monitoramento em Campinas,
Barueri, Osasco e São Paulo.

“Em que pese o reconhecimento
pessoal dos investigados pela vítima, por ora, não é imprescindível e
necessária, a manutenção da segregação cautelar dos investigados”, escreveu o
delegado no pedido de revogação.

A defesa diz que Clóvis estava em
consulta no Núcleo de Especialidades Médicas de Americana na hora do roubo e
uma certidão da Secretaria Municipal de Saúde foi juntada no pedido de
revogação da prisão. Segundo a Prefeitura, o suspeito deu entrada às 11h33 para
realização de exames cardiológicos na unidade. A Polícia não se manifestou
sobre o álibi de Clóvis.

“Felizmente, a DIG de Americana
realizou algumas das principais diligências investigativas requeridas pela defesa
e, consequentemente, certificou-se da veracidade do que está sendo
insistentemente sustentado, razão pela qual também requereu a revogação da
prisão temporária”, comentou o advogado Dinael de Souza Machado Junior, que
presenta Clóvis e Wallison.