Iracemápolis decreta calamidade financeira e cancela Carnaval
Prefeitura acumula R$ 29 milhões em dividas e pretende revisar gastos.
Crise financeira tem afetado algumas áreas da administração da cidade.
“Nós suspendemos as festividades do Carnaval e as festividades do mês de maio estão comprometidas, que o aniversário da cidade\", diz o prefeito Fábio Zuza (PSDB).
O prefeito diz que vai revisar os aluguéis e os contratos da administração e garante que , por enquanto não vai aumentar os impostos, mas a população teme que os cortes possam ir além disso
O estudante Marcelo Cardozo Júnior teme que o corte nos gastos chegue no transporte escolar. \"Eu preciso que a Prefeitura ajude no transporte, porque eu faço faculdade em Limeira e estão falando que estão querendo cortar essa verba e eu já acho errado por a gente depende muito disso, porque a gente não é uma pessoa rica e bem sucedida para sustentar nossos estudos\", disse.
A crise nas finanças da Prefeitura tem prejudicado várias áreas da cidade. Um dos centros de lazer da cidade, por exemplo, está sem receber manutenção. \"Muita gente deixou de vir aqui, porque está muito abandonado\", diz um morador aposentado da cidade.
Já a unidade de saúde básica (UBS) do Residencial Aquarius foi inaugurada, mas nunca abriu as portas.
\"E a população que sofre. Paga IPTU caro, está pagando energia cara e não tem retorno\", reclama a diarista Claudinéia Lopes de Souza.
De acordo com a administração municipal, as unidades não estão funcionando, porque a obra ainda não está concluída.
O único aterro sanitário da cidade não pode receber mais nenhum caminhão, porque está no limite da capacidade. A Cetesb já multou a Prefeitura por falta de espaço e por descarte irregular. A cidade agora está sem alternativa. Não tem onde jogar o lixo e nem dinheiro para pagar a multa que chega a R$ 30 mil.
Segundo o prefeito, está em estudo a abertura de uma licitação para a contratação de uma empresa terceirizada para dar um destino adequado ao lixo da cidade.
Além de Iracemápolis, outras cidades da região decretaram calamidade financeira como Hortolândia, Jaguariúna, Valinhos e Americana, onde o decreto foi prorrogado recentemente por mais prorrogado por mais 180 dias.
Fonte: G1
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