As denúncias de estelionato contra os comerciantes Arédio Vieira, 62, e Eder Vieira, 34, proprietários de Arédio Automóveis, de Santa Bárbara d\'Oeste, não param de chegar no 1º Distrito Policial. Nesta segunda-feira (9), eles foram acusados pelo também comerciante de veículos, Walteir Pereira Cardozo, 43, residente em Americana.

Segundo a vítima, em meados de novembro do ano passado, Eder Vieira compareceu ao seu comércio, informando que um cliente estaria interessado em adquirir uma caminhonete e perguntou se a vítima poderia fazer o cadastro usando o nome da loja dele, pois ele não tinha cadastro com os bancos. Depois dessa conversa, Eder levou para Walteir todos os documentos do cliente interessado, inclusive assinados. Em seguida, Walter passou para o banco Santander todos os dados do cliente, sendo o financiamento aprovado no valor de R$ 75 mil para ser pago em 48 parcelas.

Passados quatro meses, as parcelas do veículo não foram pagas e a financeira passou a fazer ligações para o comprador , identificado como Antonio Borges de Carvalho. Este entrou em contato com Walteir que estava recebendo ligações de cobrança e que a dívida havia sido adquirida no estabelecimento da vítima. Antonio Borges afirmou que não contraiu nenhum financiamento e nem comprou nenhuma caminhonete. 

A partir daí, Walteir quitou a dívida de R$ 68 mil com a financeira pois o contrato havia sido feito pelo seu estabelecimento comercial. Em contato com Arédio e Eder, estes informaram que a caminhonete  MMC/L200 Triton, ano 2014, cor preta, placas FPR 5020, de Santa Bárbara d\'Oeste, está no Estado da Bahia, em local incerto. Walteir alega ainda que Arédio e Eder fizeram outros três financiamentos em outras lojas usando os dados cadastrais de Antonio Borges de Carvalho.

O caso vem sendo acompanhado pelo delegado Gelson Aparecido de Oliveira Barreto, titular do 1º DP, que abriu inquérito policial para investigação. São inúmeras denúncias contra os comerciantes barbarenses, mas a autoridade policial teria informado que não pode prender os acusados porque não representam ameaça à sociedade, mas orienta a todos que se sentiram lesados que registrem a ocorrência na Polícia Civil.