Livro conta a história de uma jovem médica morta em um acidente automobilístico, aos 25 anos, em Salvador/BA

Catarina Maria Vitti Pinhat, doutora em Educação e professora, autora do livro \"Perder um Filho: Castigo ou Benção\", lançado em 18 de janeiro deste ano, esteve nesta quarta-feira (12) falando sobre o projeto editorial no Jornal da Brasil, transmitido pela Rádio Brasil - AM 690 KHZ, em entrevista concedida ao jornalista Roberto Miamoto.

No livro, que foi escrito e editado em oito meses, a autora conta a história da morte de sua sobrinha, a Dra. Viviane Mendonça Vitti, de 25 anos, que sofreu um acidente automobilístico em maio de 2017, nas proximidades de Salvador/BA. Viviane havia se formado no final de 2016 e já estava atuando como médica da família no Distrito de Palame, município de Esplanada/BA. Era um dia chuvoso, ela bateu o carro e um graveto acabou atingindo o coração dela. Morreu no dia 18 de maio de 2017. Ela ganhou notoriedade praticando medicina humana em uma região muito carente de recursos.

\"Por tratar-se de uma sobrinha que, mesmo distante, orgulhava a família Vitti com seus valores pessoais, religiosos e profissionais, sugeri que esta história se tornasse pública, pela edição de um livro, se tornando assim um veículo de autoajuda e revisão de valores”, diz Catarina Vitti.

Para construção do livro, a autora teve apoio de sua cunhada e mãe de Viviane, Cláudia Vitti. Unidas, a família traduziu a história, buscando amenizar a dor da perda e contando a história da médica. “A motivação para escrever este livro surgiu de uma experiência singular que tenho vivido dia a dia, após a partida precoce de minha filha. Descobri que o amor vivido e cultivado em família não termina após a morte. Ele é eternizado”, explica Cláudia Vitti, mãe de Viviane.

O livro traz trechos que mostram a dor da perda da família, a conexão da médica com a comunidade que trabalhava (que no seu sepultamento dispôs de recursos próprios para alugar um microônibus e se despedir da médica), condicionando apoio à família.

A obra tem depoimentos que podem auxiliar muito às famílias para refletir sobre a perda, a fé, o amor, a esperança, as relações familiares, entre outros ensinamentos.

O lançamento do livro ocorreu no dia 18 de janeiro de 2018 em Salvador/BA, onde a família de Viviane está radicada. Em seguida, houve um lançamento em Piracicaba, onde residem os Vitti e, num terceiro momento, uma apresentação para amigos em Santa Bárbara d’Oeste, onde mora a autora Catarina Vitti.

Segundo ela, o livro tem como proposta reforçar as relações entre pais e filhos; despertar e fortalecer a importância da fé: ela não precisa ser grande, só precisa existir; rever atitudes, gestos e atos cotidianos que ficam numa outra perspectiva diante de situações dessa natureza; exercitar reflexões contidas em destaque ao final de cada narrativa. “O livro buscou registrar com a maior fidelidade possível a narrativa dessa mãe que quis documentar a sua experiência e a de sua família após a partida da filha para a casa do Pai. São reflexões válidas no relacionamento familiar, na vida pessoal e espiritual”, informou. “Tive que me blindar de todas as emoções, porque senão o livro não sairia”, contou.

Sobre o livro

“Em meio a trágica perda da jovem médica Viviane, a família Mendonça Vitti se valeu de sua vivência religiosa singular para não se deixar sucumbir pela revolta, afastando de si a pesada sombra de um “merecimento” de castigo. E mais: num gesto em prol da vida, ao invés de atolar na dor, os sentimentos dos parentes de Viviane, neste livro trazido ao público, fizeram-se verdadeiro testemunho de fé, de ressurreição, de esperança, de prática cristã”, escreveu o editor Heitor Amilcar. E segue: “São páginas pungentes de compartilhamento dirigidas a todos os que buscam um caminho para chegar a um amor maior e, em especial, àquelas mães que, em seu sofrimento único perderam seus filhos”.

Quem tiver interesse em adquirir um exemplar do livro pode entrar em contato diretamente com Catarina Vitti pelo whatsapp (19) 99289-2790. O valor é R$ 30.

Sobre a repercussão ao trabalho publicado, Catarina diz que “o retorno foi muito além das expectativas, não fizemos muitos exemplares e já estamos pensando em uma segunda edição do livro”.