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Santa Bárbara,14/06/2025

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Avanço de casos graves de influenza reforça alerta sobre cuidados preventivos e de recuperação em idosos

Redação
Avanço de casos graves de influenza reforça alerta sobre cuidados preventivos e de recuperação em idosos Idosos precisam de cuidados preventivos durante outono e inverno Imagem: Freepik


Fisioterapia respiratória é indicada para a faixa etária


A gripe voltou a ser uma das maiores ameaças à saúde dos idosos no Brasil. De acordo com o boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado no mês de maio, o vírus influenza ultrapassou o coronavírus como principal causa de morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre pessoas com 60 anos ou mais, acendendo o alerta para a importância da vacinação, das medidas de prevenção durante o outono e inverno e, principalmente de recuperação. 

De acordo com a professora e coordenadora do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Unimetrocamp Wyden, Alice Lisboa, é possível trabalhar a recuperação dos idosos com influenza com a prática da fisioterapia respiratória: “A Influenza compromete a função pulmonar ao causar o aumento na produção de secreções e inflamação das vias respiratórias. A fisioterapia respiratória busca restaurar e otimizar a função pulmonar por meio de técnicas como a higiene brônquica, a reexpansão pulmonar e exercícios respiratórios”.

Sem contar que a fisioterapia respiratória também previne complicações secundárias, como pneumonia, sinusites e insuficiência respiratória. No caso dos idosos, a prática é fundamental por uma sequência de fatores. 

“Os idosos têm redução na elasticidade pulmonar e na eficiência dos mecanismos de defesa, perda de massa muscular e consequente enfraquecimento dos músculos respiratórios e responsáveis pela tosse eficaz; comorbidades, como doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. Tudo isso dificulta a recuperação e a resposta imunológica”, detalha Alice Lisboa. 

Por isso, os responsáveis precisam se atentar a certos cuidados, como a hidratação dos idosos - a ingestão de líquidos favorece a fluidificação das secreções e melhora a eliminação de muco das vias respiratórias; e os exercícios respiratórios, que são técnicas de fortalecimento pulmonar e expansão torácica recomendados para manter a capacidade respiratória em níveis adequados.

É preciso procurar um fisioterapeuta quando houver grande acúmulo de secreções que dificultam a respiração, histórico de doenças respiratórias, sensação de falta de ar intensa ou redução na capacidade pulmonar. 

O investimento em cuidadores ou acompanhamento da família não é para ser ignorado. A professora da Wyden afirma que a gripe pode trazer muitos obstáculos aos idosos: “A influenza pode causar sintomas severos, como fadiga extrema e desidratação, que podem impactar na capacidade de realizar atividades básicas do cotidiano, facilitando quedas ou acidentes caseiros”.

Cobertura vacinal reforça alerta sobre cuidados preventivos

Segundo a médica infectologista Silvia Fonseca, docente do IDOMED (Instituto de Educação Médica), a percepção de que a gripe é uma doença leve ainda compromete o alcance das campanhas de imunização. “O vírus influenza pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, infecções pulmonares e internações prolongadas, especialmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. A vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco”, afirma a professora de Medicina.

Apesar da oferta gratuita da vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a cobertura vacinal entre idosos segue abaixo da meta de 90% recomendada pelo Ministério da Saúde. Em estados do Sudeste e Sul, regiões que concentram a maioria dos registros recentes de SRAG, o índice ainda está distante do ideal.

A médica destaca também a necessidade de atualização da caderneta vacinal, lembrando que a vacina da gripe precisa ser reaplicada todos os anos. A composição muda anualmente, de acordo com a circulação das cepas no hemisfério sul, o que torna a imunização atualizada essencial para garantir a eficácia da proteção.

Sintomas e outros tipos de prevenção

“Não é raro no público idoso a presença do estado febril sem outros sintomas associados, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos. No entanto, é importante estar atento ao risco de evolução com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica. Em idosos, a principal complicação são as pneumonias, responsáveis por muitas internações hospitalares no país”, aponta a professora do curso de enfermagem da Wyden,  Tauana Mattar, orientando sobre medidas gerais de prevenção:

“Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento. Utilize lenço descartável para higiene nasal; cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir, e evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; mantenha os ambientes bem ventilados; e evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe. Evite sair de casa em períodos de transmissão da doença, aglomerações e ambientes fechados e adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos”.




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