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Santa Bárbara,26/04/2024

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Bebê de 11 meses morre no Pronto-Socorro Edison Mano e família registra boletim de ocorrência


Bebê de 11 meses morre no Pronto-Socorro Edison Mano e família registra boletim de ocorrência Criança morre no PS Edison Mano e família procura polícia (Imagem Arquivo RH)

A morte de um recém-nascido ocorrida no Pronto-Socorro Dr. Edison Mano, na Vila Maria, em Santa Bárbara d\'Oeste, deve ser apurada em inquérito policial, após registro de boletim de ocorrência no plantão policial de morte suspeita pelos familiares neste domingo (9).




Lucca Vinicius Barbosa Gonçalves, de apenas 11 meses e 15 dias, que morava no Condomínio Amoreiras, no Residencial Bosque das Árvores, no Parque do Lago, no sábado à noite começou a passar mal, com quadro de vômito e febre e não estava mamando. Às 20h, a mãe Gislayne Barbosa Francisco, de 28 anos, solteira, levou o bebê para atendimento médico no Pronto-Socorro Municipal. No local, de acordo com boletim de ocorrência, foi realizado exame de sangue e a criança foi liberada às 22h e pediu que voltasse no dia seguinte (domingo) para pegar o resultado do exame. De acordo com a família, o menino foi liberado sem qualquer medicação ou prescrição de medicamentos.




Ontem (9), às 7h, a família voltou ao Pronto-Socorro com o bebê, cujo estado de saúde havia piorado, além do vômito e febre, ele apresentava batimentos cardíacos acelerados. O médico que o atendeu o mandou imediatamente para a semi-intensiva, sem que os familiares pudessem acompanhar o atendimento. Pouco tempo depois, por volta de 9h, o médico retornou informando a família que a criança havia morrido, sem explicar a causa nem fornecer detalhes. Após a morte, o corpo foi encaminhado para o IML - Instituto Médico Legal, de Americana.




No boletim de ocorrência, o delegado de polícia Reynaldo Peres, descreve conversa ao telefone que manteve com o médico legista, Dr. Santo, sobre o exame necroscópico da criança. O policial recebeu telefonema do legislta solicitando informações do porquê encaminhar o corpo do menino para aquela repartição e não ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), pois não entendia o motivo do registro de morte suspeita ou morte súbita, inquirindo se não era o caso de mandar para o SVO.




Após o delegado dar todas as explicações e o relato dos atendimentos médicos, conforme declaração da mãe, o legista disse que não tinha como fazer o exame no Instituto de Criminalística. \"Ponderei a ele se não era o caso de colher material orgânico do cadáver e encaminhar a algum laboratório do IML de Campinas ou São Paulo para exames. Ele disse que faria contato com esses setores e pedi que fizesse contato novamente, caso precisasse, o que não aconteceu. Contato se deu por volta das 15h19 no meu celular. Surpreendi-me hoje(ontem) com o retorno dos familiares no plantão às 22h15, informando que estiveram a tarde toda no IML para liberar o corpo e a muito custo receberam da funerária de Santa Bárbara a informação de que a criança fora liberada para ser sepultada, devolvida pelo IML informando que causa era morte natural. Determinei a lavratura do registro de ocorrência complementar para esclarecimento do ocorrido enviando ao DP da área para instauração de inquérito policial  para que os fatos sejam esclarecidos devidamente e porque é nossa obrigação dar satisfação a família da criança\", escreveu o delegado.




DESABAFO 




Nas redes sociais, um parente da criança, Felippe Muller, publicou ontem (9) um desabafo alegando negligência médica. 




\"Prometi a mim mesmo que iria fazer justiça sobre a sua morte minha vida, muitos me perguntam o que ele tinha, o meu molequezinho tava com dor, levei no Pronto Socorro Edson Mano, lá o médico apenas pediu um exame de urina (detalhe meu menino estava com chiado no pulmão), ué mais fazer exame de urina, sendo que era pra fazer uma radiografia?!  




No dia seguinte (hoje - domingo), fomos buscar o exame e passar ele no médico, o médico que atendeu o meu molequezinho levou ele pra dentro de uma sala, tirou os responsáveis do menino de perto e começou a chamar mais médicos e enfermeiros e fechou a porta, logo após disse que ele vomitou e engoliu o vômito e não resistiu. 




Foi mandado fazer o exame de IML no meu menino e sabe que o médico fez? Negou o exame, alegando que o meu menino teve uma morte natural (morte natural sorrindo desse jeito?). Negou o exame e pediu pra funerária buscar o menino pra levar ao velório. Tudo isso porque pra ele a morte era natural. O delegado da cidade disse que o da morte do Lucca está muito estranho, pois até os papéis pra fazer o BO o médico deu xerox e não deu a original. Querendo tirar a culpa dele. 




Agora eu pergunto, quantas crianças vão ter que entrar no Pronto-Socorro a procura de melhora e sair num caixão? A morte do meu moleque não vai ficar impune #FoiNegligenciaMedicaSIM ! Eu quero justiça pro meu menino!\".




O bebê era filho de José da Silva Gonçalves e Gislayne Barbosa Francisco. O sepultamento ocorreu às 10h no Cemitério Parque Gramado, em Americana.


 


NOTA

A Secretaria de Saúde informa que o paciente foi levado pelos pais ao pronto-socorro “Dr. Edison Mano” no sábado (8) à noite, sendo prontamente atendido. 

Durante o atendimento realizado pelo médico, o paciente apresentava condições normais, sem febre, hidratado e ativo, com respiração e batimentos cardíacos normais, não havendo diagnóstico de alterações clínicas em seu estado de Saúde.

Mesmo sem alterações clínicas, por cautela, o médico que atendeu o paciente solicitou exames.

Por não apresentar alterações clínicas, em concordância com o pedido dos pais, o paciente foi liberado sob a orientação médica de retorno na manhã seguinte ou em caso de qualquer alteração em seu quadro.

Na manhã do domingo (9), o paciente retornou ao PS já com alteração do quadro respiratório, sendo prontamente atendido novamente. 

O atendimento foi prestado por uma equipe composta por cinco médicos, sendo dois plantonistas e três pediatras da Santa Casa / Hospital Santa Bárbara. 

Ressalta-se que o resultado do exame hemograma confirmou o que foi apontado no atendimento médico - não apresentou alterações relacionadas à doença infecciosa.

Apesar de todo o esforço da equipe médica, o paciente não resistiu e veio a óbito.


 





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