A área de vestuário segue como um dos principais itens, com 52,9%, porém, seguindo bem abaixo ao que era antes da pandemia (80,0%). Presentes pertencentes à área de beleza, além de joias e bijuterias, continuam sendo lembrados para as mães e perfazem cerca de 58,2% das intenções.
Por outro lado, nota-se redução nas categorias de móveis, eletrodomésticos e produtos digitais, que, somadas, representam cerca de 38,4% das intenções de compra, abaixo dos 45,1% registrados na pesquisa do ano anterior. Essa queda pode estar relacionada ao aumento das taxas de juros em comparação com o ano passado.
Chocolates (isoladamente com 15,5% das preferências) continuam sendo mencionados, mesmo após a Páscoa, enquanto, junto às flores, perfazem 27,5% das preferências.
De maneira geral, continua sendo notada uma importante diminuição da disposição a comprar de forma parcelada, em relação a 2024, enquanto para a maioria dos itens segue havendo preferência maior pela utilização de dinheiro em espécie e cartões de débito, e em relação a usar a modalidade do PIX como forma de pagamento à vista, embora essa modalidade também tenha aumentado.
A diminuição da intenção de parcelamento das compras poderia estar associada ao aumento dos juros de forma significativa em relação ao ano passado, num contexto de elevado endividamento das famílias.
Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, em síntese, as intenções de compra para o Dia das Mães, em geral, continuam apontando para maior preferência por artigos de menor valor, menos dependentes do financiamento via crédito.
“A intenção de comprar na data aumentou moderadamente em relação à pesquisa do ano passado, refletindo a situação financeira mais difícil enfrentada pelas famílias, num contexto de juros altos, elevado endividamento e fortes aumentos de preços de produtos básicos. De todo modo, a maior propensão a comprar de forma presencial, em pequenos estabelecimentos, beneficiaria especialmente o comércio mais tradicional”, explicou Ruiz de Gamboa.
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