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Santa Bárbara,03/07/2025

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Gastrite: o que colocar no prato e o que tirar de vez

Redação
Gastrite: o que colocar no prato e o que tirar de vez Nutricionista dá orientações para aliviar sintomas e prevenis crises - Imagem: Freepik


Nutricionista explica como a alimentação pode aliviar os sintomas e prevenir as crises


A gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago que pode afetar diretamente a qualidade de vida de quem convive com ela. Os sintomas vão desde desconforto persistente na parte superior do abdômen, queimação, dor na “boca do estômago”, enjoo e perda de apetite, até casos mais graves com vômito com sangue ou fezes escurecidas. Segundo o nutricionista e professor do curso de Nutrição da UNINASSAU Olinda, Henrique Gouveia, os sinais variam de acordo com a causa do problema e podem ser confundidos com outras condições, como refluxo ou gastroenterite. Por isso, o ideal é procurar um profissional de saúde para um diagnóstico preciso.


Embora a alimentação não seja a causa direta da gastrite, ela desempenha um papel importante no agravamento ou no alívio dos sintomas. “Certos alimentos atuam como gatilhos para algumas pessoas, podendo intensificar as crises. Uma dieta desequilibrada não é, por si só, a origem da gastrite, mas pode ser um fator decisivo no agravamento dos sintomas. Por isso, ajustar a refeição é parte essencial do cuidado com o estômago”, afirma Henrique.


Na lista de alimentos que devem ser evitados a todo custo, o nutricionista destaca o álcool, o café em excesso, bebidas gaseificadas, alimentos picantes, frutas ácidas como laranja e abacaxi, frituras e itens ricos em gordura, como hambúrgueres, bacon e embutidos. Sobremesas industrializadas, bolos, tortas, chocolates e sorvetes também merecem atenção, pois costumam ter altas concentrações de açúcar e gordura, o que sobrecarrega ainda mais o estômago. Além disso, temperos industrializados como alho e cebola em pó, curry, mostarda e pimentas devem ser evitados, pois podem irritar a mucosa gástrica inflamada.


Por outro lado, o que entra no prato pode ser tão importante quanto o que sai dele. Durante uma crise, a recomendação é adotar uma dieta leve, com alimentos de fácil digestão, como proteínas magras, frutas menos ácidas, vegetais cozidos e grãos integrais. Mas o cuidado não deve ser restrito apenas aos momentos de desconforto. “Se a pessoa ainda não segue essas orientações fora das crises, é essencial que comece a mudar seus hábitos alimentares. Isso é fundamental para evitar novas crises e proteger o estômago a longo prazo”, ressalta o nutricionista.


A forma como as refeições são realizadas também influencia na saúde digestiva. Pequenas porções distribuídas ao longo do dia, sem longos períodos de jejum, ajudam a manter o estômago em equilíbrio. Após comer, é importante evitar deitar-se imediatamente e priorizar refeições caseiras, preparadas com alimentos minimamente processados. Frutas, vegetais, leguminosas, ovos, azeite de oliva, aves e pequenas quantidades de carne vermelha devem ser incluídos de forma equilibrada no cardápio. “Algumas especiarias naturais, como o gengibre, a cúrcuma, o orégano e o manjericão, podem ser aliadas no alívio dos sintomas, graças às suas propriedades anti-inflamatórias”, destaca o professor.


Henrique Gouveia faz ainda um alerta importante sobre o uso de medicamentos: tratar a gastrite apenas com remédios, sem mudar a alimentação, pode comprometer a eficácia do tratamento. Ele explica que, embora o uso de antiácidos, protetores gástricos ou antibióticos seja necessário em muitos casos, especialmente quando há infecção pela bactéria Helicobacter pylori, a recuperação completa depende também da mudança no estilo de vida. “Negligenciar os ajustes alimentares é um erro comum que pode prolongar o sofrimento do paciente e dificultar a cicatrização da mucosa gástrica”, afirma.


Embora hábitos saudáveis e uma alimentação adequada contribuam significativamente para o alívio dos sintomas, nem sempre são suficientes para reverter a gastrite por completo. O tratamento ideal depende da origem da inflamação, que pode estar associada ao uso prolongado de anti-inflamatórios, excesso de acidez no estômago ou infecções bacterianas. Por isso, o acompanhamento profissional é indispensável.


Para finalizar, o especialista lembra que cuidar da alimentação é também uma forma de autocuidado. “A saúde do estômago não depende apenas do que você come durante uma crise. Ela exige constância, atenção e escolhas conscientes todos os dias”, conclui Henrique Gouveia.




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