Enquanto o mundo debate a Inteligência Artificial, há muito tempo a inteligência humana continua a produzir soluções para problemas recorrentes. Um exemplo bem sucedido é a FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Exitosa iniciativa bandeirante, a criação dessa agência de fomento à pesquisa científica e tecnológica do Brasil. Área negligenciada pela cultura escolar focada na memorização de informações que hoje são obtidas mediante um clique e de forma atualizada, colorida e sonora. Superior, portanto, à imensa maioria das aulas prelecionais.

A FAPESP estimula a pesquisa científica e tecnológica mediante concessão de bolsas e auxílio pecuniário para todas as áreas do conhecimento. Estão contempladas as Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, todas as Engenharias, as Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes. Tudo aquilo que interessa à humanidade e ao convívio social pode ser objeto de uma pesquisa financiada pela FAPESP.

A boa notícia é que a FAPESP lança nova chamada do Programa de Pesquisas em Políticas Públicas. Até 15 de julho de 2024, serão aceitas propostas que devem ser encaminhadas pela plataforma SAGE.

Todos sabem que as Políticas Públicas são instrumentos essenciais ao atendimento das necessidades coletivas. Nem sempre o agente estatal possui condições de precisar aquilo que de fato interessa à comunidade, nem de estabelecer prioridades na escala de satisfação de tais demandas.

Por isso mesmo, é essencial que todos os gestores de políticas públicas façam chegar à FAPESP suas carências, deficiências e aspirações, para que os pesquisadores se devotem ao estudo de questões concretas e que viabilizem, mediante o melhor uso da política, a consecução de projetos factíveis.

Costuma-se impingir ao Poder Público atuar à base do favoritismo, de fatores irracionais e de não satisfazer as exigências da população. É hora de recorrer à FAPESP, a fim de que elabore projetos que resultem da ciência e da pesquisa levada a efeito em níveis qualitativos nem sempre observados ou ao alcance das inúmeras administrações estatais. Momento de ouro para conferir upgrade à gestão pública no Estado de São Paulo.

José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.